Comércio eletrónico quanto às partes envolvidas

Comércio eletrónico quanto às partes envolvidas

O comércio electrónico também pode ser classificado quanto às partes intervenientes: compradores e vendedores. Esta classificação gera quatro combinações distintas: B2B, B2C, C2C e C2B.

O B2B – Business to Business, é provavelmente a utilização mais promissora do comércio eletrónico. Leia mais sobre B2B.

O B2C – Business to Consumer, detém o grosso da publicidade feita ao comércio eletrónico nos media, embora apenas constitua 10% do mercado do comércio electrónico. Veja mais informação dobre o modelo de negócio B2B.

O C2C – Consumer to Consumer, envolve transacções entre dois os mais indivíduos. Saiba mais sobre a estratégia designada por C2C.

O tipo de negócio C2B – Consumer to Business, confia na iniciativa dos consumidores para iniciar interacções e transacções. C2B é talvez a estratégia mais difícil de compreender, mas chegará lá com a nossa ajuda.

Business to Business B2B

O B2B é provavelmente a utilização mais promissora do comércio eletrónico. Estima-se que 90% do comércio eletrónico seja realizado entre negócios – entre empresas. Na sua definição mais simplista, o B2B é o processo de comércio eletrónico realizado entre duas empresas recorrendo à tecnologia da web.

Business to business

Pode incluir funções para troca de informação, para facilitação das transacções comerciais e até para uma completa integração dos processos de negócio de uma companhia.

Por esta razão, este tipo de comércio eletrónico é também designado de e-marketplace.

Produção de facturas electrónicas, gestão de inventários, pagamento electrónico e leilões de produtos, são algumas das funções presentes num e-marketplace.

Este tipo de comércio eletrónico veio substituir a tecnologia EDI – Electronic Data Interchange e os sistemas baseados em papel, uma vez que é mais rápido, mais barato, e mais fácil de expandir de acordo com a constante dinâmica de mudança dos mercados.

Electronic Data Interchange

Processo de comunicação electrónica (sem papéis) que permitia transacções comerciais entre várias empresas, tais como a colocação de encomendas, confirmações, contratos, facturas e pagamentos. Permite a troca de mensagens entre parceiros, que são automaticamente reconhecidas. Utilizado principalmente na indústria automóvel. Formatos padrão: ANSI X12 e EDIFACT.

E-marketplace

As ideias nucleares por detrás do e-marketplace são a eficiência e a conveniência. Substitui o anterior método de procurement que envolvia por exemplo a pesquisa em dezenas de catálogos de artigos, a realização de variadas chamadas telefónicas, e o preenchimento de diversos formulários, entre outras iniciativas bastante laboriosas.

Procurement: Todas as actividades envolvidas no processo de solicitar, encomendar, auditar, adquirir e pagar bens – produtos ou serviços.

Numa perspectiva de gestão, é com certeza uma estratégia custosa e ineficiente. O e-marketplace coloca todos esses catálogos online, adiciona-lhes uma funcionalidade de pesquisa de artigos e de processamento de encomendas e torna a procura e a comparação de produtos similares de diferentes fornecedores bastante rápida e facilitada. O conceito de B2B constitui uma grande invenção nos processos de negócio.

Entre os aspectos mais importantes a ter em conta numa estratégia Business 2 Business contam-se a segurança e a fiabilidade.

Segurança em B2B

Muitas das soluções de B2B usam a tecnologia de VPN (virtual private network). A vantagem das redes VPN consiste no facto de permitirem à empresa as mesmas capacidades de uma rede privada a um custo muito menor, pela utilização que é feita de redes públicas.

VPN (virtual private network): Redes privadas que utilizam infra estruturas públicas de telecomunicações mantendo a privacidade e a segurança dos dados através de protocolos e procedimentos de segurança rigorosos.

Os e-marketplaces são de facto centros de serviço dedicados a um mercado em particular, permitindo que todos os participantes nesse mercado possam comunicar electronicamente entre eles. Os e-marketplaces podem produzir informação específica ao negócio em causa: disponibilizando acesso a directórios da indústria, bases de dados de produtos, fóruns de discussão, produzindo bulletin-boards, realizando leilões ou leilões invertidos, etc.

Leilão tradicional (Leilão de venda): Neste tipo de leilões é o fornecedor que define o que quer vender e em que condições, nomeadamente o preço.

Leilão invertido (Leilão de compra): Neste tipo de leilões é o comprador que define o que quer comprar e em que condições (por exemplo, preço).

Um sistema efectivo deve também ser capaz de proceder às transacções necessárias entre os membros que querem comprar e vender.

A companhia hoteleira americana First Internet Travel, Inc (reservations.1800usahotels.com), e a Tourist Bureau Marketing Inc (www.allresnet.com) formaram o TIMA em Maio de 2002, num esforço para juntar hotéis e operadores grossistas no mercado da venda de dormidas. O TIMA conseguiu estabelecer uma ponte entre os fornecedores de diárias em hotéis e os consumidores mais zelosos sobre o preço a pagar por uma dessas diárias, que assim podem deixar de passar horas a fio monitorizando variados sites em busca do quarto mais barato.

Estes sistemas alargam o alcance dos fornecedores de serviço enquanto também beneficiam os consumidores pela oportunidade de contratarem o serviço a preços especiais. Através do sistema, hotéis e seus parceiros grossistas podem melhor gerir o inventário que de outro modo poderia simplesmente ficar por vender.

É importante reconhecer que o comércio eletrónico não se resume a vender e a comprar. Por outro lado, o comércio eletrónico deve ser considerado parte da estratégia global de negócio da empresa. Os e-marketplaces aumentaram a inter-conectividade entre fornecedores, consumidores e até competidores. Para um negócio sobreviver e prosperar num e-marketplace deve conhecer e optimizar as relações entre os seus componentes e participantes.

Business to Consumer – B2C

O B2C detém o grosso da publicidade feita ao comércio eletrónico nos media, embora apenas constitua 10% do mercado do comércio electrónico.

A razão é simples: os consumidores estão entusiasmados com a recente liberdade e capacidade de escolha que têm no mercado do comércio eletrónico.

As empresas também se sentem estimuladas com o novo canal encontrado para a distribuição dos seus produtos e serviços.

O procedimento mais simples para estabelecer uma operação de comércio eletrónico Business to Consumer ilustra-se de seguida:

  • Estabelecer uma presença na web.
  • Disponibilizar informação, por exemplo na forma de catálogos online e informação sobre os produtos.
  • Atrair os clientes – promover uma campanha de marketing.
  • Preencher a encomenda – utilizando métodos de pagamento seguros e um serviço rápido de expedição.
  • Proporcionar suporte e serviço ao cliente. Comunicação assente na web e também nos métodos tradicionais que acompanhe a expedição dos produtos e os eventuais problemas daí decorrentes.

Para que o consumidor possa tirar partido do comércio eletrónico terá que realizar o seguinte:

  • Identificar as suas necessidades e desejos.
  • Pesquisar informação numa ou em várias fontes.
  • Avaliar as fontes e os serviços ou bens disponibilizados por essas fontes.
  • Escolher a fonte para aquisição.
  • Comprar os bens ou serviços.
  • Utilizar os bens e serviços e avaliar a experiência acabada de concretizar.

Conhecer os passos que o consumidor leva a cabo no processo de compra por comércio electrónico é muito importante para as empresas fornecedoras. Estas devem aperceber-se que tal como no processo de aquisição de bens ou serviços tradicional, os consumidores sentem-se atraídos pelo comércio eletrónico pelo prazer que lhe proporciona a experiência de compra e todas as etapas descritas acima.

Consumer to Consumer – C2C

O C2C envolve transacções entre dois os mais indivíduos. Este tipo de comércio eletrónico Consumer to Consumer gera riqueza disponibilizando um e-marketplace para vendedores e compradores online, que se assumem no processo como consumidores.

Os sites de lelilões online são bem representativos deste tipo de comércio electrónico.

O Ebay.com é o expoente máximo desta categoria de comércio eletrónico.

eBay

O eBay é líder em vendas em todo o mundo, tendo sido pioneiro no comércio eletrónico. É o mais popular centro comercial da internet. Com um sem número de utilizadores registados – segundo informação no próprio site, o site é o site de compras por excelência. Os utilizadores activos ultrapassam os 83 milhões, constituindo mais de oito vezes a população de Portugal, o eBay conta com uma oferta muito variada entre produtos novos, mas também produtos já usados.

O Ebay está presente em 37 países, nos quais se inclui o enorme mercado dos Estados Unidos da América. No eBay exercem a sua actividade pequenas empresas e indivíduos que gerem pequenos negócios a partir de casa. O eBay é também um modelo de negócio que permite a diversos donos de loja escoarem os seus artigos através da exportação, cobrindo deste modo um mercado bem mais abrangente.

Em Portugal temos os casos do Leiloes.net e do Miau.pt

Consumer to Business C2B

O tipo de negócio electrónico C2B assenta na iniciativa dos consumidores para iniciarem interacções e transacções. Complicado, verdade? Não ficou totalmente elucidado pois não?Os modelos business to consumer e B2B são bem mais fáceis de compreender.

Pois existem duas maneiras de conseguir este resultado e obtermos um negócio enquadrável no modelo de comércio electrónico Consumer to Business.

Site de recolha de opiniões

Uma delas passa por recolher ideias e opiniões dos consumidores e torná-las disponíveis ao público em geral de maneira a ajudá-lo a tomar futuras decisões de compra.

O site de comércio eletrónico deste tipo gera dividendos à custa de anúncios nas suas páginas e da cobrança de comissões sobre produtos e serviços vendidos através do site, nomeadamente sistemas de afiliados.

Um exemplo desta forma de negócio é o epinions.com, que serve como uma fonte imparcial de conselhos, recomendações personalizadas e compras comparativas para quem pretende tomar decisões de compra avalizadas.

São muito comuns os sites deste género que assumem a forma de foruns e onde está implícito um incentivo à compra.

Leilão Invertido ou Leilão de Compra

Neste tipo de leilões é o comprador que define o que quer comprar e em que condições, por exemplo, a que preço (dentro do possível, claro está).

A outra maneira de implementar C2B refere-se aos denominados leilões invertidos (reverse auction) onde o comércio eletrónico permite aos consumidores emitirem lances por um produto ou serviço.

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