Caixa de Medicamentos é Inovação Made in Escolas Profissionais

Caixa de Medicamentos é Inovação Made in Escolas Profissionais

caixa de medicamentos inovadoraVamos dar-lhe conta de uma excelente iniciativa que teve a sua génese num curso profissional. Trata-se de um projeto já premiado internacionalmente, da autoria de três jovens do ensino profissional, que aguarda comercialização dado tratar-se de algo inovador que contribuirá para a qualidade de vida de muita gente.

Chama-se SmartKit e foi o projeto levado ao concurso para jovens cientistas da União Europeia por três alunas da Escola Profissional de Rio Maior. Prova de que este tipo de ensino encerra em si mesmo muita qualidade, haja vontade dos professores, que há certamente e haja alunos interessados e motivados para aprenderem e inovarem.

A caixa de medicamentos por enquanto é apenas uma caixa em acrílico, de aspeto modesto, mas pode vir a desempenhar um papel importante para quem tem problemas de mobilidade e tem de proceder à toma diária de vários medicamentos, assim venha a ser uma realidade a comercialização que por agora se aguarda.

O SmartKit é um projeto da Jéssica Marques, Jéssica Santos, e Soraia Gaspar, com uma “perninha” também do Eusébio Almeida, que mais à frente explicaremos melhor.

Ganhou já o segundo lugar no 21.º Concurso Nacional para Jovens Cientistas e Investigadores da Fundação da Juventude, que lhe permitiu acesso ao EUCYS 2013 – European Union Contest for Young Scientists, onde obteve distinção muito honrosa, ao conseguir o prémio de originalidade entre os 85 projetos de várias áreas.

Recebeu também o prémio do European Patent Office, o gabinete europeu de patentes.

O SmartKit ainda é um protótipo. Feito em acrílico, permite guardar medicamentos para cada dia de uma semana divididos por várias fases do dia.

Existem seis compartimentos ara cada dia, possibilitando 6 tomas diferentes para diferentes alturas do dia, desde o jejum até ao deitar. Podem-se programar alertas para as tomas, e melhor: pode-se fazê-lo manualmente controlando diretamente o Smartkit, mas também por computador, tablet ou telemóvel, através de uma app própria para o efeito.

O Smartkit acciona um alerta sonoro e visual na altura de tomar o medicamento.

O paciente aciona um botão verde, a caixa abre e o medicamento é disponibilizado ao doente num copo que se ergue através de um pequeno sistema elevatório.

O SmartKit não se fica pela lembrança da toma ao paciente. Ao perceber a falha de uma toma, permite também o envio de uma mensagem ao cuidador – médico, enfermeiro, ou outro.

A ideia partiu de uma professora da Escola Profissional de Rio Maior, também médica que ouvia reclamações dos doentes sustentando que era difícil tomar tantos medicamentos às horas certas.

As três alunas, na altura no 10.º ano do Curso Técnico Auxiliar de Saúde, tomaram o projeto entre mãos, com o suporte de alguns professores e de Eusébio Almeida, um colega do 11.º ano do Curso Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação.

Com os prémios conseguidos e confiança no SmartKit a escola contactou alguns laboratórios farmacêuticos para a possível produção da caixa e o feedback foi positivo.

Jéssica Marques, Jéssica Santos e Soraia Gaspar estão agora no 11º ano. Eusébio Almeida está no 12º.

Os projetos para uma futura vida profissional não se cruzam para todos.

A Jéssica Marques quer seguir algo na área da Educação quando for para a universidade.

Jéssica Santos e Soraia querem ser enfermeiras.

Eusébio quer seguir Engenharia Eletrotécnica.

Ainda assim, todos prometem continuar a trabalhar no SmartKit, qualquer que sejam as escolhas profissionais.

Pode espreitar o vídeo que fez parte do projeto Smartkit e que aponta as mais valias deste produto Made in Escolas Profissionais.

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