Nas vertentes ocidentais da serra da Estrela, em um lugar alto, está situada a villa de Seia , cuja origem foi de Túrdulos.
Padre António Carvalho da Costa (1708)
Seia, devido à sua localização, distante das principais cidades do centro do país, torna-a a “porta” natural e principal da Serra da Estrela, hoje em que o Turismo se assume como uma actividade em crescimento e procura contínua.
Os seus acessos estão já descritos em acessibilidades, quer venha do Norte ou Centro de Portugal.
Itinerário
Chegados a Seia nas primeiras horas do dia, terá umas horas para disfrutar do primeiro impacto visual com a Região da Serra da Estrela. Para um melhor aproveitamento de toda a gastronomia, poderá começar, antes do início da sua visita, por tomar o pequeno-almoço com o tradicional Bolo de Manteiga, é ele um pão de massa com manteiga, açúcar e canela, cortado em quadrados contudo sem os separar.
Neste período de tempo estará nas mãos do visitante as prioridades na sua visita, quer seja natural, histórica ou cultural. Abaixo ficam as rubricas a ter em conta aquando da sua visita e explicações necessárias para uma melhor compreensão à cerca do modo de vida destas populações e recursos a merecerem delonga.
Chegada a hora do almoço, fica a proposta da ida ao Restaurante Camelo, onde anteriormente terão reservado mesa. Se possui veículo próprio o estacionamento aqui não o fará perder tempo para se deliciar com a gastronomia da Beira.
Chegados à mesa, são-lhes propostos os regionais enchidos e o Caldo Verde de Bagudos. Quanto aos pratos principais, tem ao seu dispor peixe, carne ou ambos, conforme o pretendido, onde ficam as sugestões de um bacalhau com broa à Camelo ou os famosos filetes de polvo com arroz de feijão e ainda uma perna de porco à moda desta casa e grão de bico à moda de Arrifana. De sobremesa poderá tender entre o requeijão e o arroz doce com leite creme.
Após visita e almoço divinal na cidade “porteira” da Serra da Estrela, partimos para o Sabugueiro.
História
É de dificuldade extrema definir a origem de Seia e ainda mais difícil o torna a ausência de referências documentais que, em regra geral assistem o nascimento das povoações. Para tal, é necessário que nos socorramos, das lendas e dos rumores e que aprendamos com as incertezas a que as tradições nos conduzem, de forma a que as origens de Seia possam ser desvendadas. A maior parte dos historiadores assume como turdulense a origem mais provável e como data de nascimento as primeiras Invasões Ibéricas.
Pela posição distante frente às principais cidades do Centro do País, Guarda, Viseu e Coimbra, a sua situação de “porta” natural da Serra da Estrela, numa altura em que o Turismo assume o papel de interesse prioritário e valor nacional; com encostas e vales férteis, com uma Indústria de Lanifícios em franco desenvolvimento e orientada para o mercado europeu; lhe auguram felizes caminhos no futuro. Foi assim em 1986, que a Assembleia da República votou e sem qualquer contestação de algum membro, foi elevada a cidade.
Actividade Económica
A Pastorícia e o fabrico do queijo remontam à proto-história, povo de pastores e guerreiros dos Montes Hermínios. Das romarias e festas aproveita-se a economia para vender as suas guloseimas, enchidos e um artesanato caprichado.
Tal como dito anteriormente, graças à sua localização, Seia passou a plano nacional do turismo português, isto deveu-se às suas estalagens, residências e restaurantes. É sem dúvida, uma das fontes de riqueza desta região.
Recursos Arquitectónicos/ Históricos e Culturais
Falando da origem da cidade de Seia, vem sempre à conversa que os pilares da Matriz estão assentes na antiga cidadela, ocupando o antigo Castelo Medieval. A merecer igual visita as imagens desta mesma Igreja. Quanto às casas, são duas as que merecem citação, a Casa das Obras ou também Solar dos Albuquerques, e o Solar dos Botelhos, evidenciam as opulências do passado.
Na primeira, casa apalaçada do século XVIII, funciona hoje a Câmara Municipal, que já havia sido descoberta pelos militares: Wellington escolheu-a para instalar o seu quartel general durante as invasões francesas. Quanto ao Solar dos Botelhos, se bem que nunca poderá se rivalizar com a fachada da Casa das Obras, tem encantos mil nas suas janelas com lavores manuelinos.
Em frente ao Solar dos Botelhos, situa-se a Capela de S. Pedro, esta é uma Capela românica, século XIII, com reconstrução quinhentista demonstrada no corpo da nave no fecho da abóbada pelo florão com a Cruz de Cristo, símbolo de D. Manuel I, e ainda os restos dos azulejos mudéjares e frescos. Esta capela é hoje monumento nacional e está aberto ao culto.
Ainda no mesmo local é possível visitar a Igreja da Misericórdia do século XVIII.
No centro da cidade, localiza-se o Museu do Brinquedo. O brinquedo é não só uma fonte de alegria como também um elemento valioso para o desenvolvimento da criança. Este museu reúne uma colectânea de brinquedos portugueses e mundiais, é a memória dos jogos e brinquedos de ontem e de hoje lembrando e expondo o património cultural e industrial. Está aberto a visitas guiadas e escolares.
O Museu do Pão é um complexo privado onde se exibem e preservam as tradições, arte e história do pão português. Com mais de 3.500 metros quadrados, o Museu do Pão oferece ao visitante um leque de actividades destinadas à cultura, pedagogia e lazer, em quatro salas expositivas e vários outros espaços.
Seia possui ainda um auditório municipal com parque de estacionamento próprio, restaurante, bar e meios audiovisuais.