Covilhã princesa da Serra da Estrela

Covilhã princesa da Serra da Estrela

Neste planalto, a meio da encosta da Serra da Estrela existia uma povoação ou castro Romano (sila Hermínia), que deu origem à Covilhã. Sempre habitada, foi palco de muitas lutas e por várias vezes arrasada e saqueada.
As primeiras muralhas foram mandadas construir por D. Sancho I, que lhe concedeu o primeiro foral de repovoamento em 1186, mais tarde confirmado por D. Afonso II (1217) e D. Dinis (1303), que procedeu ao alargamento das muralhas. Recebeu também foral de D. Manuel em 1510. Um decreto régio de 1870 elevou-a à categoria de cidade.

A abundância de gado lanígero fez dela um centro de fabrico de lanifícios. A existência de 2 ribeiras (Carpiteira e Degoldra) que atravessam a cidade, proporcionava a energia motriz para a instalação de fábricas.
Com uma riqueza e prosperidade adquiridas ao longo dos Séculos e assentes na indústria de lanifícios, a Covilhã actual apresenta-se como uma cidade moderna, onde a cada volta do caminho se pode admirar vestígios industriais.
Muito íngreme e sinuosa nas suas ruas da vila velha, vão-se descobrindo vestígios de construções primitivas, panos de muralha e portais góticos do tempo em que a cidade se fechava entre muros.

Escadas à noite da Covilhã

Também aqui se sentiram os efeitos devastadores do terramoto de 1755 que destruiu grande parte das muralhas, sendo a sua pedra utilizada pelo Marquês de Pombal para construir a Real fábrica de panos, uma fábrica modelo destinada à formação profissional, que hoje alberga a Universidade da Covilhã.

Artesanato

  • Rendas de cinco agulhas
  • Peneiras
  • Balanças Romanas de ferro
  • Vestuário de algodão
  • Mobiliário de madeira
  • Bóias e iscas para a pesca
  • Ferros forjados
  • Artigos de Cobre
  • Latoaria

Gastronomia

  • Migas de ovos
  • Migas de tomate
  • Míscaros com ovos
  • Sopa de abóbora
  • Sopa de salsa
  • Sopa de favas
  • Cabrito assado na brasa
  • Dobrada à moda da Covilhã
  • Panela no forno da Covilhã
  • Açorda de bacalhau
  • Bacalhau à lagareiro
  • Trutas à maneira de Manteigas
  • Trutas de Escabeche
  • Gargantas-de-freira
  • Talassas
  • Biscoitos de azeite
  • Filhós
  • Carolos
  • Pudim de leite
  • Biscoitos de gema
  • Brulhões
  • Esquecidos
  • Bolo de azeite

Festividades

  • Feira Franca (22 a 24 Junho)
  • Feira de Santiago (1 de Agosto)
  • Covifeira (feira de actividades económicas da Covilhã, por altura da feira de Santiago)
  • Concurso do cão da Serra da Estrela
  • Festa da Senhora da Dores (1º Domingo de Julho)
  • Festa do Sagrado Coração de Maria (4º Domingo de Agosto)

Monumentos

Capela das Almas

Capela barroca e rococó. Planta longitudinal composta por dois rectângulos justapostos com sacristia de planta rectangular adossada à cabeceira. Portal em arco abatido rematado por friso rectilíneo. Óculo quadrilobado enquadrado por ornatos curvilíneos, volutados e concheados. Frontão curvilíneo interrompido com volutas. Nave única coberta com abóbada de berço em madeira policromada. Coro-alto em madeira. Talha dourada e policromada do estilo joanino.

Capela de São Sebastião

Arquitectura religiosa setecentista. Capela de nave única, coro alto assente em colunas e altar-mor em talha dourada.

Capela do Espírito Santo

Arquitectura religiosa, quinhentista e novecentista, popular, vernácula. Capela de planta longitudinal, composta por nave e capela-mor mais estreita. Fachadas rematadas em cornija, com cunhais de pedra. Tecto de madeira em masseira na nave e em falsa abóbada de berço de madeira, na capela-mor.

Troço de calçada romana, junto à estação dos Caminhos de Ferro da Covilhã

Estrada romana ou medieval. Pavimentação: blocos de granito alinhados lateralmente e de configuração irregular na faixa de rodagem; formada por duas ou três camadas: “stratum”, “ruderatis” e “summa crusta”.

Fornalhas e poços cilíndricos da antiga tinturaria da Real Fábrica de Panos da Covilhã

Aspecto da fábrica de panos da Covilhã

Arquitectura civil industrial. Fábrica pombalina. Instalações tintureiras. Edifício de planta rectangular com pátio quadrangular central; dois pisos; embasamento proeminente; vãos de lintel recto; empena recta com cornija; porta principal encimada pelas armas reais. As fornalhas e poços cilíndricos ou dornas são referentes à sala do pequeno tinte, sala do grande tinte ou tinturaria dos panos de lã e à tinturaria das lãs em meada. Dornas dispostas em sequências paralelas e ladeadas por canalizações em granito. Tanque de planta quadrada para reservatório e distribuição de água. Chaminés embutidas na caixa murária e vestígios de chaminé adossada. Bocas de fornalha alimentadas a partir de galeria com planta em T.

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