Belmonte locais percursos festas e monumentos

No centro da Cova da Beira, à esquerda do rio Zêzere, ergue-se o monte da Esperança no cimo do qual está Belmonte. Zona ocupada desde os tempos Romanos, como prova a existência da “Torre” de centum cellas nos arredores, a actual vila ostém foral próprio em 1199. Porém, só em 1385, e seguindo a política de povoamento dos locais fronteiriços, D. João I dá autonomia ao concelho desligando-o do foro da Covilhã.

Berço de Pedro Álvares Cabral, de acordo com a lenda, a Igreja Matriz guarda ainda a imagem de Nossa Senhora da Esperança, que acompanhou o navegador ao Brasil em 1500.

Parte importante da sua história está ligada à comunidade judaica que habita Belmonte desde o século XIII. Possuindo um local de culto e um bairro próprio (bairro de Marrocos), ao longo dos séculos aí se instalou uma importante comunidade judaica, fugida da inquisição europeia, especialmente nos finais do século XVIII. Apesar de oficialmente convertidos ao catolicismo durante a inquisição Portuguesa, os judeus mantiveram (clandestinamente) os seus ritos e tradições, ainda hoje vividos pela comunidade actual.

Belmonte está situada na Cova da Beira, região agrícola extremamente fértil. No entanto, esta vila progressiva e em desenvolvimento também possui actividade turística e industrial.

Artesanato

  • Bordados e rendas
  • Bordados tradicionais
  • Bordados regionais, bainhas abertas e “richelieu”
  • Latoaria
  • Funileiro
  • Tecelagem
  • Mantas de orelas
  • Trabalhos em madeira

Festividades

  • Festa de Santo Antão (último domingo de Maio)
  • Feiras anuais (25 de Março, 2 de Setembro e 20 de Dezembro)
  • Festa de Nossa Senhora da Esperança (26 de Abril)
  • Procissão da Nossa Senhora da Esperança (8 de Dezembro)
  • Festa de São Tiago (25 de Julho)
  • Festa de Santa Bebiana ou “Festa dos Bêbados” (1 de Novembro, na época de São Martinho)
  • Festa da Senhora da Graça (Agosto)
  • Arraial da Senhora da Estrela (penúltimo Domingo de Agosto)
  • Festa de São José (19 de Março)
  • Festa de Verão (2º fim de semana de Agosto)
  • Festa de Santo António (último Domingo de Julho)

Monumentos

Aspecto do castelo de Belmonte

Castelo de Belmonte

Arquitectura militar, românica, gótica, manuelina e setecentista. Castelo com traçado ovalado irregular, com torre de menagem adossada pelo exterior. Muralha com adarve descoberto e desprovida de merlões. Porta em cotovelo em arco pleno no exterior e arco quebrado no interior, tendo uma segunda entrada em arco quebrado.

Torre de Menagem de planta quadrada, com três pisos e porta a nível do primeiro e segundo registos e remate com merlões em arco quebrado. Compartimentos intra-muralhas correspondentes a edifício civil de dois pisos com vãos de decoração manuelina.

Pelourinho de Belmonte

Soco constituído por três degraus octogonais, sustenta uma coluna de fuste igualmente octogonal, composto por cinco tambores, e com base quadrangular chanfrada nos ângulos decorados com esferas. Desprovido de capitel, o tambor superior, de maior diâmetro, serve de remate.

Integra escudo com as armas concelhias, em forma de prensa enquadrado por moldura rectangular e encimado por coroa real.

Torre de Centum-Cellas

Torre de Centum-Cellas

Arquitectura civil, romana. Edifício de função indefinida, provavelmente integrado numa villa romana, de planta rectangular, de volume único, com 3 pisos. Vãos de lintel recto sem moldura. Composição dos alçados regular.

Edifício integrado num conjunto arquitectónico de maiores dimensões. Apresenta algumas afinidades com a Torre de Almofala, Figueira de Castelo Rodrigo.

Igreja de Santiago e Capela anexa dos Cabrais

Arquitectura religiosa, românica e gótica. Igreja contendo capela com elementos maneiristas. O edifício é de planta longitudinal composta, com nave, capela-mor de planta rectangular, capela anexa de orientação paralela à nave e sacristia de planta quadrangular. Torre sineira isolada. Portas em arco quebrado e frestas em arco pleno, decoradas por esferas. Remate em empena e cornija decorada por esferas, e cachorrada decorada com motivos geométricos, zoomórficos e antropomórficos. Arco interior e arcossólios com decoração flamejante. Capela lateral com arcos quebrados e abóbada de cruzaria de ogivas. Portais principais de lintel recto, encimado por nicho ou frontão curvo. Coro-alto sustentado por colunas toscanas. Arcossólio em arco pleno delimitado por pilastras toscanas, com volutas estilizadas e com almofadados nas cantoneiras, rematado por frontão angular interrompido.

Deixe um Comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *