Torreira

Depois de passar por Bestida, seguir pelo IC1 até Estarreja onde se toma a E109-5, direcção Torreira ou, do pequeno porto da Bestida, seguir paralelamente à ria até à ponte da Torreira, cruzar a ponte e tomar a direcção Torreira.

Praia da Torreira
Torreira

A Torreira faz parte do cordão litoral que se estende desde São Jacinto até ao Furadouro, numa extensão de cerca de 25Km. Situada na Beira Litoral, entre o Mar e a Ria de Aveiro, a 10Km por estrada da sede de concelho, Murtosa, é um lugar de singulares paisagens.

A fundação da Torreira é atribuída a uma colónia de pescadores vindos do Norte da Europa ou do Mediterrâneo, nos séculos XII e XIII, mas o estudo preciso destas colonizações que se fundaram e instalaram um pouco a nascente das terras furtadas à ria, ainda não está feito, e não se sabe se se poderá fazer com bases seguras.

Os primeiros residentes a partir do único fogo de 1758, podem ser considerados os fundadores da Torreira e o seu povoamento foi feito inicialmente por pescadores vindos da Murtosa e Ovar, que ali se estabeleceram com carácter temporário.

Na última metade do século XIX dá-se um grande desenvolvimento na Torreira. Em 1880 armam-se seis companhias de xávega, que ainda subsistiam em 1912.

Até ao decreto de 24 de Outubro de 1855, a Torreira pertenceu à freguesia e concelho de Ovar, a 1 de Dezembro desse ano foi anexada ao concelho de Estarreja . A freguesia civil foi criada em 30 Outubro de 1926 e incluída no actual concelho da Murtosa.

Actualmente a Torreira é uma praia muito procurada durante a época balnear, pelo seu extenso areal, onde apesar de todo o progresso tecnológico se teima em praticar uma das artes mais antigas e típicas da nossa região: a arte da xávega.

A nascente da povoação encontra-se a maravilhosa Ria de Aveiro, com os seus típicos barcos, entre os quais o Barco Moliceiro, ex-libris de toda esta região. Dependendo da época do ano, pode ver as diversas artes de pesca.

As condições naturais da Torreira permitem ao visitante desfrutar de dois ambientes distintos: O Mar e a Ria. Separados por aproximadamente um Km, dão a esta zona um enquadramento natural belo e singular.

Praia da Torreira

A praia com os seus extensos 25 km de areais, permite-nos ao mesmo tempo desfrutar de privacidade, e nas zonas de maior movimento conviver.

A praia da Torreira é alegre, colorida e muito pitoresca, com a típica pesca artesanal, a xávega. Muito conceituada pela excelente qualidade das suas águas, sendo o mar muito iodado. O reflexo disto mesmo tem sido a constante atribuição da Bandeira Azul, símbolo de Qualidade.

A Ria

A Ria de Aveiro e os moliceiros são o ex-libris de toda esta região. A Ria tem uma fauna e uma flora riquíssima sendo bastante importante do ponto de vista ornitológico. Foi ainda foi um marco económico no desenvolvimento da Região na agricultura, nas pescas, na construção naval, na indústria salineira e no comércio.

Pesca Artesanal na Ria

Na apanha das diferentes espécies de peixe existente na ria, o pescador foi obrigado a utilizar diferentes artes, assim nasceu uma pesca bem característica, que se alterna consoante a espécie. Algumas artes já deixaram de se praticar, outras continuam a ser o ganha pão dos pescadores.

Temos por exemplo o chinchorro e a chincha, que são considerados artes de arrasto, utilizando redes semelhantes, que variam apenas no tamanho.

Ambas são artes que se praticam todo o ano. O chinchorro utiliza-se normalmente para a pesca da enguia, solha, linguado, robalo e caranguejo, enquanto que a chincha é mais dirigida para a apanha da enguia e da solha em águas pouco profundas.

A apanha da amêijoa e do berbigão, na Torreira, pode ser feita com a cabrita ou com o ancinho de pé, dependendo das marés. A cabrita é usada na maré alta e é composta por um ancinho de ferro, ao qual está aparelhado um saco de rede.

Enquanto os dentes do ancinho vão varrendo o fundo, moluscos entram no saco. O ancinho de pé é utilizado da mesma maneira, mas é feito na maré baixa. O galricho, é uma arte sedentária, normalmente utilizada para a pesca da enguia. Actualmente, os pescadores da Torreira, utilizam bateiras chinchorro e as caçadeiras.

Igreja Paroquial da Torreira

Foi inaugurada em 1979, e constitui uma remodelação da igreja antiga, tendo-se aproveitado muito desta. È uma construção moderna, com três naves, capela-mor poligonal e alta, torre a meio da frontaria.

Capela de S. Paio

Do lado Norte da povoação deve visitar a capela de S. Paio, tendo do lado direito um parque de merendas equipado com mesas e bancos.

A capela foi construída em dunas não fixadas, foi soterrada duas vezes. A primeira capela era poligonal. Sobre os escombros da segunda assentou a presente capela, construída em 1878. Foi remodelada em 1995, assim como o local envolvente, que foi transformado num parque de merendas. Retábulos do século XVIII e esculturas dos séculos XVI e XVIII.

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