Oliveira de Azeméis possui inúmeros vestígios de ocupações antigas. Referida já num documento de doação feita ao bispo D. Gomado pelo Rei Ordonho II em 922, beneficiou do Foral outorgado a Feira por D. Manuel, em 1514. Em 5 de Janeiro de 1799 passou a vila e sede do concelho e, com Mouzinho da Silveira, passou o concelho a ser o que é hoje. Em 16 de Maio de 1984 foi elevada a cidade.
Os seguintes pontos turísticos dão conta da monumentalidade e riqueza cultural de Oliveira de Azeméis.
Capela de Nossa Senhora da La Sallete
Santuário de composição muito equilibrada, de finais do séc. passado e começos do presente, época chamada Revivalista. Monumento gótico, compõem-se de átrio, nave de três pequenos tramos e Santuário poligonal de três faces. Foi o primeiro templo construído em Portugal destinado ao culto desta santa.
Casa de Bento Carqueja
Em 1860, nasceu nesta casa Bento Carqueja, considerado o mais ilustre e mais prestativo cidadão oliveirense de todos os tempos, cujo prestígio e amor à terra onde nasceu foram o motor de todas as iniciativas culturais, desportivas, turísticas e de solidariedade social realizadas em Oliveira de Azeméis no princípio do séc. XX.
Casa de D. Joana Brandão
Palacete de estilo francês, originalmente propriedade de D. Joana Augusta de Castro Brandão e seu marido Manuel Brandão, que o mandou construir aquando do seu regresso do Brasil.
Foi neste palacete que pernoitou o Marechal Óscar Carmona, Presidente da República, quando aqui veio, em 18 de Novembro de 1930, inaugurar o Monumento aos Mortos da Grande Guerra.
Chafariz do Martyr
Este bonito chafariz foi mandado construir pela Câmara Municipal, na então denominada Rua do Martyr, em 1859, num terreno expropriado, pela quantia de 200 mil reis. Após a sua reconstrução foi colocado no Largo de S. Miguel, um local mandado construir especialmente para o efeito pela Câmara Municipal.
Edifício do tribunal da Justiça
O Tribunal Judicial foi inaugurado em 1964, segundo o projecto do arquitecto Carlos Ramos. No exterior do edifício, apresenta-se um grande bronze de Eduardo Tavares, representando a Justiça. No topo da sala de audiências, encontra-se uma bela tapeçaria de António Quadros representando a expulsão do paraíso.
Marco miliário
Actualmente exposto no Largo de S. Miguel, em frente à Igreja Matriz , este cilindro granítico de grandes dimensões foi retirado do seu local de origem durante a reconstrução da Igreja Paroquial de Ul, em 1790. Foi identificado como Marco Miliário da conhecida via militar que ligava Aeminium/Coimbra a Cale/Gaia, indicando a milha XII.
Monumento aos mortos da Grande Guerra
Classificado como um dos melhores do país, este monumento foi inaugurado a 18 de Novembro de 1930, na presença do Presidente da República. Marechal Óscar Carmona, com todo o seu estado maior, situado no topo da Praça José da Costa, é constituído por um forte pilar, com brasões no alto das faces e, em remate, esfera armilar. Na frente, em pedestal integrado está um soldado em terra, em guarda, de tamanho natural.
Parque de La-Salette
Este parque é uma meritória obra de criação de paisagem, desenhada pelo director dos Jardins Municipais do Porto, Jerónimo Monteiro da Costa, em colaboração com o seu filho José Monteiro da Costa, arquitecto paisagista.
Excelente local de lazer, o Parque de La-Salette está dotado de piscina municipal, uma Estalagem de 4 estrelas, um Parque de Campismo e cafés.
Além destas infra-estruturas, pode-se observar alguns motivos artísticos: um chafariz, do séc. XVII; à entrada do parque, um busto de bronze de Domingos Costa e, em frente à escadaria, um padrão dos centenários e a Capela de La-Salette.
Igreja Matriz de Oliveira de Azeméis
Basílica barroca, dos inícios do séc. XVIII (ano de 1719), reconstruída em meados do séc. passado. Dispõe de um terreiro amplo, com escadaria de acesso à fachada, onde se realçam um portal ladeado por dois campanários e encimado pela figura de S. Miguel em luta contra um Homúnculo, esculpido em pedra de Ançã e painéis de azulejos (Fábrica de Aveiro, 1927) representando cenas da vida de Jesus. O retábulo principal, joanino, é do séc. XVIII e os retábulos colaterais e laterais são do séc. XVII. No interior, a nave ampla permite-nos visualizar todo o conjunto da construção.
Outros locais de interesse em Oliveira de Azeméis
Solares, Casa de Brasileiro, Casa-Museu Ferreira de Castro, Museu Regional, Quinta de Côvo, Centros Históricos de Oliveira de Azeméis e de Pinheiro da Bemposta.
Festividades de Oliveira de Azeméis
Romaria de Nª Sr.ª de La Salette (Agosto); Festas de S. Lourenço (Setembro); Sto. António (Agosto); Nª Sr.ª de Lurdes (1 de Agosto); S. Miguel (Setembrinas); Festa da Alumieira (Segunda-feira de Páscoa); Festa do Rio (Agosto); Romaria de S. Sebastião (Julho), etc.
Tradições
O folclore faz parte das tradições culturais das gentes de Oliveira de Azeméis.
As festas em honra de Nossa Senhora de La-Salette são as mais populares realizadas na cidade, em Agosto. No primeiro domingo de Agosto, o povo sai em romaria para dar cumprimento à promessa feita em 1870, quando num período de seca prolongada que fazia prever a breve trecho miséria e fome, a Santa ouviu as preces da população que, em massa, se dirigiu até ao Monte do Castro, pedir ajuda divina.
Aí, o abade da paróquia, o padre João José Correia dos Santos, sugeriu que nesse mesmo local se construísse uma capelinha em honra a Nossa Senhora de La-Salette. Segundo reza a tradição, muitos dos peregrinos de regresso às suas casa foram apanhados por uma chuva torrencial que pôs fim a tão horrenda seca. O povo agradecido ergueu assim este templo – a Capela de La-Salette.
Um século depois do “milagre”, o voto não foi esquecido, e no primeiro domingo de Agosto, romeiros de toda a região assistem à procissão de velas, que constitui o ponto mais alto das festas, que prosseguem até ao domingo seguinte, dia da procissão de retorno do andor de Nossa Senhora de La-Salette à Capela com o mesmo nome.