A cidade de Aveiro é muito monumental. Tem muito por onde escolher se desejar comprovar na arquitectura e na monumentalidade os muitos anos de ocupação da cidade da Ria. Comece pelos Paços do Concelho de Aveiro e não deixe de visitar a Sé.
Igreja de Jesus
Majestosa decoração de talha barroca, merecendo o tecto do altar-mor uma referência especial, dado que a leveza da talha sugere o rendilhado de um trabalho de ourivesaria. Possui bons painéis de azulejos do século XVIII e um órgão monumental datado de 1739.
Túmulo de Santa Joana
Magnífico exemplar do século XVIII, com finíssimas incrustações de mármore policromo que, dada a sua delicadeza e perfeição, parecem pinturas.
Sé de Aveiro
A origem da Sé de Aveiro remonta ao séc. XV. Era, à altura, a igreja do Convento de S. Domingos. A igreja primitiva era constituída por capela-mor, sem coro alto, e composta por três naves, divididas entre si por duas séries de quatro arcos. Entre o séc. XVI e XVII, obras de conservação, converteram-se as naves laterais em capela devocionais, mesmo para se conseguir uma maior estabilidade ao conjunto. Esta igreja foi convertida em Matriz da paróquia de Nossa Senhora da Glória em 1835.
Em 1938 torna-se na Catedral da Diocese de Aveiro por bula do Papa Pio XI executada por D. João Evangelista de Lima Vidal. A nave da igreja foi reconstruída no séc. XVIII ficando mais iluminada com a abertura de amplas janelas ovais. Nos espaços livres das paredes há panos de azulejos do séc. XVIII. Os da direita representam um panorama da cidade de Osma, Espanha, em cuja diocese nasceu S. Domingos de Gusmão e uma ilustração de uma legenda da liturgia Mariana. Os da esquerda, além de nova ilustração de outra legenda litúrgica Mariana, apresentam um aspecto da cidade de Bolonha, Itália, com o seu convento Beneditino de Santa Maria do Monte, cidade onde S. Domingos de Gusmão faleceu.
A construção do novo carpo da ampliação foi efectuada em 1974 – 1976. A estrutura é de ferro e betão e as paredes foram forradas interiormente com material moderno que não produz eco.
Na perpendicular do altar, colocou-se a bela e delicada cúpula de estuque, do tempo da chamada “arte nova”, que contém símbolos da paixão de Cristo.
Igreja das Carmelitas
Templo do antigo Convento das Carmelitas, edificado no século XVII, está revestido de riquíssima talha dourada de três épocas diferentes e de belos painéis de azulejos setecentistas. Os tectos da nave e do coro são ornados com pinturas dos séculos XVII e XVIII.
Igreja do Convento do Carmo
Primitivamente integrada no conjunto do mosteiro construído a mandado de D. Beatriz de Lara, em 1613, a Igreja foi o único edifício que se manteve conservado. No transepto, podem admirar-se dois altares dos séculos XVII e XVIII. Contém esculturas de valor artístico e telas representando cenas da Paixão.
Igreja da Misericórdia
Belo edifício renascentista, construído em finais do século XVI e princípios do seguinte, durante a dominação filipina. A fachada encerra um magnífico pórtico e é decorada de azulejos colocados na segunda metade do século XIX. O interior está revestido de painéis de azulejos de padrão tapeçaria.
Capela de São Gonçalinho
De plano hexagonal irregular, foi construída durante o primeiro quartel do século XVIII. Em honra do santo patrono, realiza-se uma curiosíssima festa anual que é uma das mais características de Aveiro.
Capela de São Bartolomeu
Modesta construção do século XVI, de plano circular, coberta por uma cúpula hemisférica. As paredes estão revestidas com azulejos do século XVII.
Capela do Senhor das Barrocas
Data do século XVIII. De plano octogonal, com um santuário rectangular, é uma das mais importantes construções deste tipo. O projecto deve-se ao mesmo arquitecto que fez a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra. O pórtico é uma bela composição barroca.
Paços do Concelho
Edifício de sóbria elegância, da última década do século XVIII, tem a fachada dividida em cinco corpos toscanos, sendo a parte central, de quatro pilastras, dominada pela torre sineira. Um frontão enquadra as armas de Aveiro.
Museu de Aveiro
Instalado no edifício do antigo Convento de Jesus que foi principiado a construir no séc. XV, sofrendo restauros e benefícios vários, durante o reinado de D.Pedro II e D. João V. Conjuntos barrocos foram acrescentados ao seu recheio. A fachada do edifício data dos inícios do séc. XVIII.
Esta instituição conventual foi autorizada por Bula Papal de 1461 tendo em 1465 começado a funcionar como clausura de férias. Albergou durante dezoito anos a Princesa Infanta D. Joana, filha de D. Afonso I. Após a extinção da Clausura em 1874, a Igreja e o seu património artístico foram entregues à Real Irmandade de Santa Joana Princesa e as dependências conventuais confiadas às religiosas dominicanas que aí mantiveram um colégio até 1910, data da implantação da República, após a qual o edifício foi adaptado a Museu.Das colecções, destaca-se o retrato da Infanta D. Joana, óleo sobre tábua do séc. XV, e ainda as colecções de tecidos, paramentaria, ourivesaria, artesanato conventual e também uma colecção de pintura, do séc. XV ao séc. XIX, com especial relevo para os sécs. XVII e XVIII.
Estátua de José Estevão
Modelada, em 1886, por mestre Simões de Almeida, é um dos melhores exemplos da estatuária do século passado.