Estarreja

Estarreja pertence administrativamente ao distrito de Aveiro, localiza-se na sub-região do Baixo Vouga e integra-se numa individualidade regional – a Ria de Aveiro. Caracteriza-se pela existência de estreitos e canais em todas as freguesias, esta influência marinha constitui nela e ao seu redor, uma diversidade de biótopos: águas livres, ilhas com vegetação, vasas e lodos, sapais, salinas e campos agrícolas, com grande importância do ponto de vista ecológico.

Estarreja: Casa-Museu Egas Moniz
Casa-Museu Egas Moniz

Estarreja é bastante recortada por linhas de água, sendo a mais importante, o rio Antuã, caracterizado por margens bem protegidas onde se registam por vezes declives superiores a 25%, ao mesmo tempo que imprime à paisagem um encanto surpreendente e bucólico, pelas represas e azenhas ao longo do seu curso.

Pela sua situação geográfica Estarreja integra-se na faixa dos climas temperados (T.M.A. – 14ºC) de influência mediterrânea.

Estarreja enquanto concelho é essencialmente agrícola (a maior fonte produtiva vem do sector animal e da cultura do milho), sem contudo deixar de ser um centro industrial de grande importância no distrito de Aveiro.

Casa do Outeiro

Englobada num conjunto disperso de núcleos rurais do século XVIII, salienta-se este imóvel cuja parte mais significativa é barroca. Destacam-se as cantarias das janelas, os fustes e cruzes pertencentes à capela, igualmente abrangida pela classificação.

Casa de Areosa

Edifício setecentista. A fachada dispõe-se em dois andares de linhas sóbrias. A porta principal ostenta um brasão de armas. A capela privativa, de plano rectangular, guarda um retábulo de madeira, estilo D. João V. Edifício setecentista. A fachada dispõe-se em dois andares de linhas sóbrias. A porta principal ostenta um brasão de armas. A capela privativa, de plano rectangular, guarda um retábulo de madeira, estilo D. João V.

Cruzeiro da Areosa

De grandes dimensões, destaca-se pela originalidade da cruz que apresenta os braços desiguais. Data do século XVIII.

Casa-Museu Egas Moniz

A Casa Museu Egas Moniz, apresenta no seu interior um belíssimo conjunto arquitectónico com os seus belos tectos em caixotão com apainelados, aliado ao bom gosto do seu mobiliário de estilo D. José, D. João V, D. Maria, Luís XVI, Império, Holandês e Charão.

Como emérito e bom coleccionador que era , com o seu bom gosto e perspicácia Egas Moniz conseguiu ao longo da sua vida adquirir belíssimas peças que passam por inúmeras colecções e que hoje podemos apreciar deleitando-nos com o requinte e beleza de algumas peças, como é o caso de peças de Porcelana da Companhia das Índias, Cantão, Saxe, Sevres, Porcelanas e Faianças antigas Portuguesas.

Na pintura (com obras representativas da pintura portuguesa de Carlos Reis, João Reis, Falcão Trigoso, Eduarda Lapa, Silva Porto, Henrique Medina, José Malhôa, Abel Salazar, entre outros), gravura, escultura, desenho, vidro (com espécies de vidro e cristais portugueses da fábrica da Marinha Grande e Vista Alegre e cristais de Bacará), na ourivesaria e tapeçaria conseguiu Egas Moniz, peças de raridade e beleza , antiguidade e minúcia que hoje se encontram na Casa Museu Egas Moniz e que nos permitem vislumbrar um pouco da sua vida pessoal, como que reencontrando-nos espiritualmente com o eminente cientista, analisando-o numa perspectiva um pouco diferente – na sua intimidade.

Sente-se nesta casa uma harmonia e ordem perfeitas que imediatamente dão ao espirito do visitante a certeza que nada de banal se encontra nesta casa e que a pessoa criadora deste ambiente teve a necessidade espiritual de dar a tudo que a rodeou um pouco de si mesma, rodeando-se por isso de mil e uma pequenas coisas que disso fossem dignas.

Para além da sua secção artística, possui a Casa Museu, uma secção científica, que nos apresenta os objectos referentes às suas investigações científicas da Angiografia até à pragnante exposição gráfica das etapas sucessivas das investigações científicas que conduziram à primeira visualização radiológica das artérias cerebrais do Homem vivo e da leucotomia pré-frontal, no género da exposição que foi apresentada pelos seus colaboradores de Santa Maria aquando do Congresso de Neurocirurgia pelos seus colaboradores do Hospital Júlio de Matos.

Ribeira do Nacinho

Localiza-se no esteiro de Nacinho, Reserva Agrícola Nacional.

Artesanato

Cangas pintadas, trabalho em ferro de utensílios ligados à Agricultura, Barcos Moliceiros, Mantas e Tapetes de Trapo, Rodilhas, Vassouras de Junco, Galrichos para a pesca das Enguias, Tanoaria, Miniaturas em Madeira, Esteiras de Bunho (espécie de junco) – característico das zonas ribeirinhas e apresenta-se como uma variante do trabalho de costura. Estarreja01

Gastronomia – Caldeirada de Enguias

Amanham-se as enguias retirando-se-lhes a cabeça, lavam-se bem e raspam-se. Cortam-se em pedaços de cerca de 5cm. Descascam-se as batatas, cebolas e cortam-se às rodelas. Num tacho largo colocam-se as enguias, as batatas e as cebolas em camadas alternadas, regando cada camada com azeite e temperada com alho, louro, salsa, pó de enguias, sal e pimenta. Corta-se o unto em fatias finas e dispõe-se por cima. Rega-se com um copo de água. Deixa-se cozer durante 20 a 30 minutos.

Após estarem prontas, retiram-se as fatias de unto e regam-se com sal grosso. Junta-se o vinagre a esta papa que se dilui em duas conchas do caldo da cozedura (moira), que se poderá colocar por cima das enguias cozidas.

Poder-se-á destacar também as enguias em molho de escabeche e as barricas de enguias de produção industrial.

Destacam-se ainda o Queijo, Rojões, Vinho, Carne Assada, , Broa de Milho, Dobrada, Sopa de Enguias, Enguias Fritas, Pão de Ló, Regueifa doce, Padas.

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