Nas rotundas do Hospital/Universidade de Aveiro e dos Marnoteiros virar no sentido Praias. Após a passagem da ponte da Barra, virar à direita no sentido Barra. O percurso até este ponto constitui uma primeira aproximação à ria.
A Barra de Aveiro está situada numa pequena península, com um pontão grande. Se nos virarmos para o mar, o imenso e imponente oceano Atlântico, sentimos a terra atrás de nós, aos nossos pés. Na boca da ria, que tem 300m entre este lado e o outro, as águas de dentro e de fora misturam-se, com uma cor indecisa e pardacenta. A abertura actual foi feita em 1908, bem mais pequena quando, em 3 de Abril de 1808, aqui se juntaram milhares de pessoas para ver o fenómeno do século: a água do Vouga encontrar de novo a água do Atlântico, separadas durante 123 anos. Para isso destruíram-se muitas das muralhas de Aveiro, mandadas erguer pelo infante D.Pedro, filho de D. João I, para segurar a terra contra o mar.
Forte da Barra
Edifício de arquitectura militar portuguesa seiscentista, construído durante a guerra da Restauração, e mais tarde, no século XIX, reconstruído tendo em conta o plano de defesa nacional. Construção em alvenaria rebocada e cantaria calcária, de tipo abaluartado, reduzido a pequena cortina e dois meios de baluartes.
O Forte da Barra é contemporâneo do Forte da Asseiceira e do Forte de D. Isabel, e serviu, durante muitos anos, para orientar, por meio de sinais visuais, a entrada de navios na Barra de Aveiro. Classificado como monumento nacional pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
Farol da Barra
O Farol da Barra é o mais alto de Portugal, o segundo na Europa e o terceiro a nível mundial. Construído entre 1885 – 1893, foi projectado por um autodidacta que levou de vencida os onze engenheiros que apresentaram plantas e maquetas.
O farol da Barra, custou na altura, a quantia de 51 contos aos cofres do estado. A escadaria é composta por dois sectores: o primeiro, com 271 degraus, é uma escada em pedra, em forma de caracol; o segundo, é uma escada metálica, com 20 degraus (actualmente com elevador).
O cilindro tem de altura 44,5 metros, situando-se o foco luminoso a 62 metros, permitindo-lhe projectar os raios de luz a cerca de 60 quilómetros de distância, interceptando os faróis da Figueira da Foz e de Leça da Palmeira. A sua inauguração foi levada a cabo por Bernardino Machado em 1893, então ministro das Obras Públicas, quando este visitou demoradamente a região.
Esta notável obra do século passado, erguida à entrada da barra, passou a velar pela segurança da navegação que até aí não dispunha de um ponto de orientação. Sem o farol, as embarcações da época eram frequentemente atraídas para terra, devido à ilusão de afastamento, provocada por uma porção de costa muito plana com as primeiras elevações a grande distância do mar.
A principal fonte luminosa era obtida por incandescência do vapor do petróleo. Só em 1950 o sistema iluminante passou a ser alimentado a energia eléctrica. A principal componente do farol é a potente lâmpada, que projecta um feixe luminoso visível a 22 milhas náuticas de distância (cerca de 40 quilómetros).