O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que o memorando que o Governo concretizou com a Renault-Nissan para o desenvolvimento de um veículo movido apenas a electricidade é uma resposta ao actual terceiro choque petrolífero. Apesar do projecto apenas agora ter sido lançado em tese, e ainda nem se saber onde será instalada a unidade de produção do veículo eléctrico, o PM anunciou a comercialização do automóvel no espaço de três anos. O protocolo assinado com o grupo franco-nipónico prevê que o Governo proporcione as condições para que o consumidor de um veículo eléctrico não tenha qualquer desvantagem em preços ou mobilidade.
O Governo português luta por menor dependência do petróleo. O Governo português está empenhado numa orientação estratégia que reduza a dependência energética face ao petróleo. Não aceitamos ficar parados e faremos tudo para alterar o actual paradigma energético. Queremos aumentar a autonomia do país a nível energético para que no futuro as novas gerações de portugueses possam tomar as suas decisões com mais autonomia e que não fiquem amarrados ao petróleo.
José Sócrates, PM
Ainda a propósito do memorando, existem já várias empresas nacionais que já terão sido contactadas para colaborarem na introdução de veículos eléctricos em Portugal. Desde logo, a EDP, a Galp com os seus postos de abastecimento de combustíveis, a Efacec com os seus equipamentos eléctricos e electrónicos , e a Martifer com a sua vertente de produção de energia. Algumas instituições financeiras e as redes de supermercados da Sonae Distribuição e Jerónimo Martins também podem ser parceiros neste projecto.
José Sócrates formulou o desejo de Portugal ser o laboratório dos futuros carros eléctricos e de receber tanto o investimento da Renault-Nissan como eventualmente quaisquer outros vindos de qualquer construtor automóvel.