Steven Novack, investigador no Idaho National Laboratory, uma divisão do Departamento de Energia dos EUA, criou um novo material capaz de produzir electricidade. O novo material é fabricado a partir de nanoantenas impressas em folhas de plástico, capazes de absorver calor e produzir energia a partir do espectro infravermelho. Esta tecnologia pode um dia vir a arrefecer os componentes de um computador portátil e a produzir energia, mesmo durante a noite.
As novas células são construídas a partir de conjuntos maciços de nanoantenas, que absorvem comprimentos de onda da categoria dos infravermelhos, algo que a Terra emite constantemente graças à energia solar absorvida durante o dia. Deste modo, e em teoria, estes painéis solares poderiam produzir energia mesmo durante a noite. Por outro lado, o calor produzido pelos processos industriais e outros, que neste momento é desperdiçado, poderia ser também reaproveitado para produzir electricidade.
No momento actual da investigação que está a ser realizada, este novo material tem uma eficiência de 80%, um valor muito alto quando comparado com os 20% de eficácia dos actuais painéis solares, nomeadamente aqueles que o leitor poderá ter na sua instalção de microgeração de energia.
O maior obstáculo a ultrapassar para tornar esta tecnologia viável e acessível é o facto de as nanoantenas produzirem corrente alternada a um ritmo de biliões de vezes por segundo, uma frequência demasiado elevada para os transformadores modernos a conseguirem converter em corrente contínua.