Investigação recente realizada no Instituto Politécnico Worcester, nos Estados Unidos, deu conta de uma forma eficiente de transformar o calor do asfalto das estradas, ruas e até de parques de estacionamento, numa fonte barata e não-poluente de energia. O asfalto que todos nós temos a noção, pois já experimentamos ficar-nos agarrado à sola dos sapatos, fica extremamente quente sob a incidência do Sol. Este facto poderá constituí-lo como um coletor térmico de energia solar para gerar electricidade.
Acabar com as ilhas de calor
Para além de aproveitar a imensa extensão de asfalto já disponível em estradas e ruas, gerando electricidade ou água quente, esta utilização ainda beneficia o meio ambiente e a qualidade de vida nas cidades, pois ao “capturar” o calor do asfalto, minimizam-se os efeitos conhecidos como ilhas de calor.
Os investigadores utilizaram testes em pequena e em larga escala, além de modelos computadorizados, para medir o potencial de captura do calor acumulado no asfalto e a sua utilização para geração de energia.
Água quente e electricidade
Os testes utilizaram termopares incorporados no asfalto, para medir a penetração do calor, e canos de cobre para medir a eficiência com que o calor pode ser transferido para um fluxo de água. A água quente gerada pode ser utilizada directamente em habitações e indústrias, ou ser direccionada para um gerador termoeléctrico produtor de electricidade.
Outra vantagem verificada durante a investigação prende-se com o facto do asfalto reter o calor durante várias horas depois que o Sol se pôr, transformando o sistema numa opção ainda mais eficiente que a das células solares fotovoltaicas.